quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Mãe ainda procura o filho raptado pelo Exército durante o regime militar

Conforme publicado no periódico Correio Braziliense, quatro crianças foram raptadas pelo Exército no povoado de Santa Cruz, na zona rural de São Geraldo do Araguaia, no estado do Pará, durante o regime militar (1964-1985). O local é situado onde acontecia a Guerrilha do Araguaia (1972-1974), um dos maiores focos de resistência ao regime. Segundo o Correio, duas das crianças desaparecidas são filhos de Maria Bezerra de Oliveira, de 83 anos, e foram levados em 1972 pelos militares: Miraci Bezerra, que na época tinha pouco menos de 1 ano de idade, e Juracir Bezerra Costa, com 8 anos de idade. O filho mais novo reencontrou a família em 1999 “por conta própria” e o outro continua desaparecido, 41 anos após o ocorrido. Além de Bezerra, outra criança raptada pelos militares continua desaparecida. De acordo com o jornal, Oliveira guarda uma pista importante sobre o possível paradeiro de  seu primogênito, uma folha de caderno, que contém o nome do sargento que levou seu filho: “João Lima Filho, e 23-B-C sigla do 23º Batalhão de Caçadores”, quartel onde o militar servia, na cidade de Fortaleza, estado do Ceará. Segundo o Correio, a mãe de Bezerra, depôs, em 2007, a deputados federais na reunião de torturados da guerrilha na Câmara Municipal de São Domingos do Araguaia, no estado do Pará, para que algum agente do Estado ajudasse a localizar o paradeiro do sargento Lima Filho, não obtendo, porém, resultados satisfatórios. De acordo com o periódico, o Exército, através da assessoria de comunicação, afirmou “que tentará confirmar a existência, em seus quadros, do sargento João Lima Filho”. A assessoria de comunicação do 23º Batalhão de Caçadores declarou não poder levantar os dados “sem a autorização do comando”. (Correio Braziliense – 22/09/13)


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